quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ATMAGITA - A Canção da Mônada

Da Fonte Infinita do Todo – a própria Fonte do Ser – eons após eons eu vim,

Procedendo como uma Centelha da própria Chama, de nada consciente senão da transcendente glória.

Começando uma cíclica jornada cobrindo incomputáveis períodos de tempo,
Descendo das regiões de fulgor estrelado.

Espelhando o seu flamejante brilho, livre de todos os mantos da forma Eu podia transportar- me para qualquer ponto nos vastos âmbitos do Espaço:

Através de sistemas solares ou universos galácticos, sem ter sentimento algum de percepção,Entretanto eternamente impelido para frente e para baixo, irresistivelmente atraído para as regiões da densidade Descendo cada vez mais, estágio por estágio, atraído para os reinos da Forma.

Lá eu reuni vestimentas pertencentes aos Reinos do Fogo, Ar, Água e Terra,
Demorando-me um eon em cada reino, sempre procurando uma permanente morada.

Por fim, eu emergi dos reinos sutis e tornei-me manifesto em um mundo material,
Confinando em um envoltório cristalino, onde o prístino resplendor da própria Chama era refletido.

Após longos eons e ciclos eu adquiri novas vestes:

Onde duradouras gemas e resplandecentes brilhantes permutaram-se em beleza e simetria de forma, em cor e fragrância, Onde a fulgente luz solar estimulava o anseio de um retorno ao remoto Lar – cada vez mais distante nas alturas.

Com a passagem de mais eons eu entrei em outro reino,Tendo agora o poder de mover-me de lugar para lugar, capaz de apressar o meu caminho uma vez mais;Então, ao entrar em veículos de sangue quente, vieram novas sensações de devoção, sacrifício e amor.

Por fim despertei descobrindo- me como membro da Hoste do Reino Humano,Aprendendo a transmutar o poder do amor, pulsando em harmonia com o Divino Plano.

Agora, sob a regência dos Imperiosos *Ah-hi

Conscientemente posso eu esforçar-me em acelerar o meu caminho para atingir o conhecimento de ATMAN:

Como a centelha procura retornar à Chama de onde ela se lançou.

Sempre num movimento ascendente, ainda mais alto do que os turbilhonantes Palácios dos Planetários Lhas, Mais alto mesmo do que os Primevos Sete Filhos da Luz,
Ultrapassando flamejantes sois e rastros de fugidios cometas, galáxias e ilhas de universos, Mais alto mesmo que o sol Central Espiritual ...

Porque eu aprendi a dizer: Aham eva Parabrahma (“Eu sou na verdade o Ilimitado”).

*Ah-hi (Manasa-putras: Filhos da Mente – “Estimuladores da humanidade”),

**Lhas (Regentes Planetários, Vigilantes ou Logoi)

Extraído do livro “The Divine Plan (O Plano Divino), de Geoffrey A Barboka.

Tradução de Alcyr Anísio Ferreira