sábado, 28 de maio de 2011

QUATRO DICAS PARA LIDAR COM PESSOAS DIFÍCEIS

Uma mensagem da Dra. Judith Orloff
1 de Maio de 2011

“Tenha paciência com todas as coisas, mas, principalmente, tenha paciência consigo mesmo.” – São Francisco de Sales.

A cada dia há uma abundância de boas razões para se sentir frustrado: uma fila longa, a promoção de vendas e serviços através do telefone, um objetivo que não está se materializando de modo rápido, pessoas que não fazem o que elas deveriam, a rejeição, o desapontamento. Como se lida com tudo isto? Você pode ficar ansioso, comportar-se de modo irritado, se sentir vítima ou tentar forçar um resultado – todas as reações autodestrutivas que alienam os outros e trazem à tona o pior nos outros. Alternativamente, você pode aprender a transformar a sua frustração em paciência.

Como psiquiatra, eu ajudo os outros a verem que a paciência não significa passividade ou resignação, mas poder. É uma prática emocionalmente libertadora de esperar, observar e saber quando agir. Para muitas pessoas, quando você diz: “Tenha paciência”, parece irracional e inibidor, um adiamento injusto dos objetivos. Em contrapartida, eu estou apresentando a paciência como uma forma de compaixão, um modo de recuperar o seu centro em um mundo cheio de frustração.

Em “Liberdade Emocional”, eu discuto como transformar a frustração em paciência. Para domar a frustração, comece a avaliar o seu atual papel em sua vida, quanto ele limita a sua capacidade de ser feliz. O teste a seguir lhe permitirá saber onde você está agora, de modo que possa crescer com mais liberdade, desenvolvendo a paciência.

Teste de Frustração: Quanto eu estou frustrado?

Para determinar o seu sucesso em lidar com esta emoção, pergunte-se:

Estou frequentemente frustrado e irritado?

Eu normalmente respondo à frustração, repreendendo ou culpando os outros?

Eu me automedico aos desapontamentos com alimentos ricos em calorias, drogas ou álcool?

As minhas reações ferem os sentimentos de outras pessoas?

Quando a frustração já passou, eu geralmente me sinto incompreendido?

Durante um dia difícil no trabalho, eu tendo a perder a calma?

Quando estou desapontado, eu frequentemente me sinto indigno, ou com vontade de desistir?

Uma resposta “sim” para 5 a 7 perguntas, indica um nível extremamente elevado de frustração. Três a cinco “sim”, indica um nível elevado. Dois “sim” indica um nível moderado. Um “sim” indica um nível baixo. Nenhum “sim” sugere que você está lidando com êxito com esta emoção.

Ainda que a sua frustração esteja fora da tabela, a paciência é a cura. No mundo de hoje há muitas oportunidades para cultivar esta habilidade inestimável. A vida ensina a paciência, se você o permitir.

Quando alguém o frustra, tome sempre um fôlego primeiro antes de reagir. Decida se quer falar agora ou se acalmar. Se você estiver muito reativo e chateado, discuta mais tarde, quando estiver mais calmo; você estará muito mais persuasivo e menos ameaçador. Neste momento, use esta abordagem:

1 – Concentre-se em um assunto específico; não aumente ou prepare um ataque pessoal. Por exemplo, diga: “Eu me sinto frustrado quando você promete fazer algo, mas não há um prosseguimento.” Não recorra às ameaças ou aos insultos. Em um tom uniforme, não acusador, leva a como o comportamento o faz sentir, em vez de como você pensa que a outra pessoa esteja errada.

3 – Ouça sem atitudes defensivas, sem reagir e nem interromper. É um sinal de respeito ouvir o ponto de vista de uma pessoa, ainda que você discorde. Evite um tom ou a linguagem corporal agressivos. Tente não mostrar aborrecimento, desconforto e nem julgar.

3 – Intua os sentimentos por trás das palavras. Quando você pode apreciar a motivação de alguém, é mais fácil ser paciente. Tente sentir se esta pessoa está assustada, insegura, ou encontrando-se por acaso com uma parte de si mesma, que ela nunca confrontou. Caso afirmativo, compreenda que isto pode ser doloroso. Veja a que mudanças ela está aberta.

4 – Responda com clareza e compaixão. Esta atitude tira os outros da defensiva, de modo que eles fiquem mais confortáveis, admitindo a sua parte ao causar a frustração. Descreva tudo em termos de recursos para uma tarefa específica, em vez de generalizar. Afirme as suas necessidades. Por exemplo, diga: “Eu realmente apreciaria que você não gritasse comigo, ainda que eu o desapontasse.” Se a pessoa estiver disposta a tentar, mostre como você está satisfeito. Valide os seus esforços: “Obrigado por não gritar comigo. Eu valorizo realmente a sua compreensão.” Veja se o comportamento melhora. Se não, você pode ter que minimizar o contato e/ou as expectativas.

Na comunicação, a paciência é uma forte moeda emocional. Quanto mais você for capaz de tolerar o desconforto da frustração e não estragar tudo, reagindo, seus relacionamentos irão funcionar em um nível mais elevado. Em todo o intercâmbio, defina sempre o que você está procurando. É resolver um determinado comportamento frustrante? Dizer “não” a um padrão de beco sem saída? Ou simplesmente transmitir os seus sentimentos sem expectativa de mudança? Ainda que a frustração seja insolúvel, a paciência dá o tom certo para tratar os outros e a si mesmo com respeito.


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Judith Orloff é a autora do novo livro “Liberdade Emocional. Libere-se das Emoções Negativas e Transforme a Sua Vida.”

Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br